O início

Sempre achei que eu não seria uma das adeptas em compartilhar as suas idéias e ideais por aqui... mas um dia a gente se rende. Ou a vida nos rende e faz com que a gente torne-se mais expansiva e menos introspectiva. Então, se vou divulgar ou não este espaço eu ainda não decidi...
Vamos ver para que caminho as palavras postas aqui seguirão...

A internet é ótima para nos aproximarmos e lançarmos vôos antes inatingíveis, mas também ótima para nos isolarmos e nos contentarmos com a cibercultura... dedicando um vasto tempo de nossas vidas para fatos e pessoas virtuais, construídas particularmente na nossa mente.

E óbvio, que essa vida construída é muito mais simples, objetiva e perfeita que a vida real. E cada vez mais, as pessoas afastam-se da realidade, das imperfeições e das pequenas pedras que cruzam o nosso caminho, tornando-se verdadeiras montanhas acidentadas e cheias de neve.

Ultrapasssá-las é cansativo e praticamente impossível. E assim, as máquinas e novas tecnologias que vieram para auxiliar o homem, acabaram dando um mau exemplo. Afinal, as máquinas são cada dia mais velozes, produtivas e perfeccionistas. E o homem antes da Era Máquina, necessitava de um grande esforço físico e mental que exigia energia suficiente para retirar as pedras e obstáculos que cruzavam o seu caminho.

Hoje, as frustrações e o desânimo são evidentes e as pessoas estão cada vez mais acomodadas, ninguém supera as máquinas. Afinal, é mais fácil comprar um computador novo que consertá-lo, uma bota nova que levá-la ao sapateiro... um caminho novo, que eu não vá precisar de muita energia para seguí-lo...

É extremamente mais fácil, viver e colocar a culpa no destino, na época em que se viveu... na crise, nos outros. Por isso... do outro lado da tela do computador... não precisamos ter vergonha na cara. Nem webcam é capaz de mostrar o nosso verdadeiro EU.

E é preciso de muita coragem para ir contra a maré. É preciso muita coragem para sonhar e tornar seus sonhos realidade. Falando em realidade... é preciso muita sabedoria, persistência e vontade para viver de forma real. Sem medos, culpas... e ter a certeza que as máquinas por melhores que são, ainda precisam do homem para idealizá-las.

Que saibamos focar nossas vidas no hoje, no melhor que podemos ser. Que possamos sentir a alegria de ser responsável por um sorriso, um dia melhor, um abraço insubstituível, cheio de afeto. Não sou contra as novas tecnologias, mas devemos usá-las para que tenhamos mais tempo para o que realmente importa.

E o que importa para você?